A FARGO 2025 reafirma sua relevância como principal feira de arte do Centro-Oeste, reunindo artistas, curadores, colecionadores e entusiastas das artes no icônico Centro Cultural Oscar Niemeyer, em Goiânia. Entre os dias 14 e 18 de maio, a 7ª edição da Feira de Arte Goiás homenageou o centenário de Antônio Poteiro, símbolo da arte popular brasileira, cuja paleta vibrante e esculturas em cerâmica marcaram a paisagem cultural nacional.












Obras: Antônio Porteiro Foto: MURAL
A feira, que teve mais de 40 expositores do Brasil, continua sendo um espaço de fomento ao mercado das artes visuais, valorizando artistas locais e promovendo o pensamento crítico. Com uma programação que inclui exposições, rodas de conversa, oficinas, lançamentos de livros e visitas guiadas, a FARGO fortalece seu papel como plataforma de intercâmbio cultural e incentivo à literatura independente.


Entre os destaques locais, os artistas Diogo Rustoff, Augusto Mangussi e o coletivo RENKA chamaram atenção do público. Diogo Rustoff, goiano e formado em Artes Visuais pela UFG, trouxe obras que combinam stencil, colagem e crítica social, com passagens por exposições no Brasil e na Colômbia. Augusto Mangussi, jovem artista autista, emocionou com sua produção sensível e colorida, já exibida na Art Basel Miami e no Museu da Inclusão. Já o coletivo RENKA, composto por seis artistas visuais goianos, apresentou trabalhos autorais e colaborativos, reafirmando sua força criativa e a importância da arte coletiva no estado.






Obras: Augusto Mangussi Diogo Rustoff coletivo RENKA
Fotos: MURAL
A conexão entre gerações marcou presença na FARGO, revelando a força e continuidade da arte produzida em Goiás. Moacir Soares de Faria, artista autodidata cuja obra transita entre o sagrado e o profano, reafirmou a expressividade goiana na cena nacional. Já Siron Franco, nascido em Goiás Velho e um dos grandes nomes da arte contemporânea brasileira, simboliza o legado vigoroso que o estado vem construindo desde meados do século XX.




Obras Siron Franco Foto: MURAL


Obra: Moacir Soares de Faria Foto: MURAL
No cenário nacional, a FARGO, a partir dos expositores de outras regiões, apresentou diálogos com a história da arte brasileira, trazendo obras de nomes como Aldemir Martins, com sua visão vibrante do sertão e do Nordeste, e Hector Carybé, artista multifacetado que deixou contribuições marcantes em pintura, gravura, cerâmica, mosaico e escultura. O legado de Cícero Dias, com sua poética visual entre o onírico e o social, também esteve presente como referência fundamental. Essas presenças históricas fortaleceram a ponte entre a tradição e as expressões contemporâneas apresentadas na feira.






Obras: Cicero Dias Aldemir Martins Hector Caribé
Foto: MURAL
Consolidada como a maior feira de negócios em arte do Centro-Oeste, a FARGO segue promovendo o acesso democrático à arte e fortalecendo o circuito criativo regional. A cada edição, amplia horizontes, incentiva novas coleções e oferece ao público a oportunidade de vivenciar a arte em sua pluralidade e potência transformadora.